Febre Amarela Silvestre e Montanhismo no Estado do Rio de Janeiro
As recentes notícias sobre a febre amarela silvestre no Estado do Rio de Janeiro faz com que seja extremamente recomendável a adoção de medidas de prevenção para a prática de montanhismo em áreas de mata, como a vacinação e uso de repelentes.
Lembramos que a febre amarela silvestre é transmitida por mosquitos a pessoas não vacinadas em áreas de floresta. Na mata os macacos são os principais hospedeiros do vírus da febre amarela, que são picados por mosquitos de hábitos selvagens que passam o vírus para outros macacos. Os montanhistas na prática das suas atividades esportivas podem ser ocasionalmente picados por mosquitos portadores do vírus e contrair a doença. O maior contato entre pessoas e mosquitos infectados gera maior transmissão e pode fazer com que pessoas contagiadas introduzam o vírus em áreas urbanas densamente povoadas, com baixa cobertura vacinal, e com elevada densidade de mosquitos. Nessas condições os mosquitos infectados podem transmitir o vírus de pessoa para pessoa (febre amarela urbana).
Desta forma, recomenda-se que os montanhistas que ainda não estejam vacinados devem procurar imediatamente os postos de saúde e outros pontos disponíveis para a vacinação frente ao surto de febre amarela que ocorre em toda a região sudeste. Recomenda-se também o uso de repelente na proteção complementar.
As áreas mais críticas são aquelas com registro de casos confirmados de febre amarela em humanos e em macacos, ver http://www.saude.rj.gov.br/noticias/2017/03/ses-amplia-area-prioritaria-para-imunizacao-contra-febre-amarela-no-rj.
Atenção! o macaco não transmite a febre amarela, eles também são vitimas dela. Se encontrar um macaco morto: não toque no animal e ligue mais rapidamente possível para o disque saúde 136.
A FEMERJ está acompanhando o caso e informará, assim que possível, atualizações em relação a posição das autoridades da saúde e dos gestores de áreas protegidas que impactem na prática do montanhismo.
