Palestra: Escalada e práticas anti-racistas

Palestra: Escalada e práticas anti-racistas

Nesta palestra, o escalador Rafa Rebello aborda a intersecção entre a escalada e a prática de ações anti-racistas no esporte, destacando a importância de promover uma comunidade escaladora mais inclusiva e diversificada.

Através de sua experiência pessoal e profissional, Rafa compartilha insights valiosos e estratégias práticas para enfrentar o racismo e promover a igualdade de oportunidades na escalada.

Oportunidade imperdível!

Esperamos vocês lá!

 

>> Rafa Rebello é carioca, 38 anos, escalador há 20 anos, guia e educador ao ar livre. Trabalha também na Avid4 Adventure onde é membro ativo do comitê de justiça, equidade, diversidade e inclusão. Rafa também é voluntário no Coletivo de Escalada de Lençóis (Chapada Diamantina, BA), que visa facilitar o acesso e incentivar a prática da escalada em rocha entre jovens da cidade de Lençóis. Embaixador da ONG Mountains Beyond Borders e membro do Coletivo Negritude Outdoor. Rafael possui artigos e entrevistas publicados na mídia e meios acadêmicos nacionais e internacionais.

 

 

ALERTA: VIA CEPI, Pão de Açúcar

ALERTA: VIA CEPI, Pão de Açúcar

Recomendamos a não repetição da Via CEPI, na face Oeste do Pão de Açúcar.

Se optar por fazê-lo, faça segurança com corda como em vias de escalada em livre.

No dia 10/04/2024 ocorreu a ruptura de um dos pontos intermediários de fixação do cabo na Via CEPI.

Os pontos intermediários de fixação tem a função principal de direcionar e afastar o cabo da rocha.

Foi feita uma inspeção em 11/04/2024 e os resultados estão sendo avaliados.

Nos próximos dias, a FEEMERJ vai realizar uma inspeção detalhada em toda via para sinalizar as substituições e ajustes necessários.

Diretoria C.E.C

Diretoria C.E.C

O Clube Excursionista Carioca sempre foi um clube arrojado, com histórico forte principalmente na escalada em rocha. Sempre contou com membros icônicos na modalidade e conquistas incríveis. Alguns exemplos são as vias “Sombra e Água Fresca” (Irmão Menor do Leblon), “Patrick White” (Irmão Maior do Leblon), “Pico da Foca” (Espírito Santo), “Lagartão” (Pão de Açúcar) e “C-100” (Pedra da Gávea) vias extremamente avançadas para os padrões da época.

Não nos surpreende que, um clube que sempre teve um olhar tão a frente seja o primeiro clube do Brasil a ter uma diretoria 100% feminina.

Se no início do montanhismo as mulheres eram poucas, há não muitas décadas atrás um número bem limitado guiava vias de escalada e vias conquistadas por mulheres nem existiam. Coicidentemente (ou não), as primeiras vias conquistadas inteiramente por mulheres contaram com mulheres do CEC.

Encerrando esse mês de homenagens, saudamos o CEC por mais esse capítulo da história do montanhismo: a primeira diretoria 100% feminina do Brasil.

Deixamos aqui registrado nosso orgulho de caminharmos ao lado de vocês. Desejamos sucesso e seguimos juntas trabalhando pelo montanhismo carioca.

A chapa eleita para a diretoria do Carioca, em 2023, era composta por:

  • Ciça Ferreira (Presidencia)
  • Paula Caetano (vice-presidencia)
  • Renata Costa (diretoria técnica)
  • Ana Carolina Souza (vice-diretoria técnica)
  • Vanesa Ogliari (tesouraria)
  • Laura Tani (secretaria)
  • Monique Cirino (diretoria Social)

 

Para conhecer a história do CEC visite: carioca.org.br

Homenagem: Mônica Pranzl

Homenagem: Mônica Pranzl

Você já deve ter ouvido falar da carioca Mônica Pranzl. Se não ouviu, deveria. Com seu jeito discreto, um pouco tímido e modesto, foi pioneira e a grande responsável pela elevação do nível da escalada esportiva feminina no Brasil.

A primeira mulher, no Brasil, a encadenar vias de 8c, 9a, 9b e 9c. Nos anos 2000, fez uma pausa para trazer ao mundo Leo e Maria. Tempos depois, entre administrar casa, maternidade e trabalho, voltou para a rocha com a mesma paixão e dedicação que a fizeram se tornar uma das melhores escaladoras da geração dela e do Brasil, homem ou mulher.

Seu primeiro contato com a escalada foi no final dos anos 80, nas aderências de Poço Fundo (RJ). Mas a fissura pelo esporte veio mesmo quando foi iniciada nas falésias do Rio e da Serra do Cipó (MG), começando então a se dedicar à modalidade.

Nos anos 90, cercada por grandes escaladores da chamada “era de ouro” da escalada esportiva do Brasil, era frequentemente a única mulher nas falésias. Em 92, se tornou a primeira brasileira a guiar um 8c (Urubu Mestre). Ainda no Rio, fez o primeiro 9a feminino, (Urubu Sacana) e o segundo também (Bam-Bam, Campo Escola 2000). No Cipó, encadenou as clássicas Sombras Flutuantes e a Heróis da Resistência, primeiros 9b e 9c feminino e ainda hoje de respeito! Com a Barrinha, ganhou novo playground e botou no bolso, em 2001, outro clássico 9c nacional, a Filezão.

Mas nem só nas falésias Mônica fez história: nos campeonatos dos anos 90 e 2000, era presença garantida no pódium e favorita do público. Nas paredes, em 1999, formou uma cordada lendária com a saudosa Roberta Nunes, fazendo a terceira repetição (sendo a primeira feminina) da via No Velho Oeste (Pão de Açúcar).

Com técnica impecável e movimentos precisos, vê-la escalar sempre é um espetáculo. É comum a galera parar de conversar na base para vê-la em ação. Se ainda não teve esse privilégio, é fácil, Mônica pode ser encontrada nas melhores falésias do Brasil e mundo afora, onde segue inspirando e motivando diferentes gerações da escalada brasileira. A única diferença é que agora está cercada por mulheres e meninas que ajudou a inspirar.

Muito obrigada, Mônica!

Essa homengem contou com a colaboração de André Neves, Nado Cruz e Maria Pranzl. Fotos do acervo de Mônica Pranzl, André Neves, Nado Cruz, Helmut Becker e Thiago Diz.

 

Homenagem: Kika Bradford

Homenagem: Kika Bradford

Ela é tímida, fala pouco quando cercada de pessoas que não conhece. Há quem diga que não é lá muito simpática rs, mas Kika tem um sorriso fácil e o coração gigante. É uma dessas pessoas que revela sua doçura com o tempo. Leva muito a sério o montanhismo e vem fazendo dele seu caminho de vida.

Quem olha para Kika de relance, talvez não tenha noção da força dessa mulher. Kika Bradford é forte, muito forte, e seu caráter e determinação são exemplos disso.

Começou a escalar em 1998 e nunca mais parou: Rio de Janeiro, Patagônia, Estados Unidos…não há limites para ela. Conquistadora de diversas vias pelo Brasil, Kika gosta de desafios: equipamentos móveis, lugares remotos, vias longas… para ela, quanto mais aventura, melhor. Morou nos EUA, onde aprendeu sobre escalada alpina e a esquiar, complementando suas habilidades no montanhismo.

Mas nem só nas montanhas Kika deixou sua marca: foi a primeira presidente mulher da AGUIPERJ – atual ABGM (2005 a 2007), FEEMERJ (2015 a 2016) e CBME (2017 a 2020). Foi também coordenadora do Programa Acesso às montanhas do Brasil e da América Latina (Acceso PanAm), onde atuou incansavelmente para que recuperássemos acessos e não perdêssemos tantos outros. Uma batalha exaustiva que lhe demandou muito tempo, paciência e dedicação. Mesmo morando fora do Brasil, Kika segue atuando pelos acessos no montanhismo como membro da diretoria do Acceso PanAM.

Seu bom humor nunca a impediu de ser dura quando necessário e brigou muito pelo montanhismo brasileiro. Desde a participação em Conselhos e Câmaras Temáticas de Unidades de Conservação, passando pela realização de eventos e campeonatos, e pela difusão da cultura e ética de montanha. Muito do que conquistamos até hoje através do montanhismo organizado, tem os dedinhos da Kika.

Kika Bradford é sem dúvida uma das mulheres mais inspiradoras e comprometidas do montanhismo brasileiro. Seu trabalho e dedicação são referência para todos nós e sua força nos inspira na montanha e fora dela.

Obrigada Kika, por todo trabalho, entusiasmo, coragem e carinho! O montanhismo brasileiro não seria o mesmo sem você!

As fotos dessa homenagem foram gentilmente cedidas por Vanessa Machado, Seblen Montovani e André Neves.